Um poema a mais, um poema a menos, tanto faz!


Um pedaço de papel,
perdido no escuro.
Com fome, frio, sede, sono,
sozinho, triste, abandonado.
Sem amor, sem carinho, sem nada.
Sujo por um louco e por
uma pobre e febril caneta preta.
O vento o leva para cima dos edficios,
para longe, distante.
Mais triste, mais fome, sede, sono.
Mais sozinho ainda.
Como se não bastasse,
o tempo o leva para o esquecimento.

(João Diniz)
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Fotografias



Rostos e corpos
mofados,
pelo sabor do tempo.
(João Diniz)
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