Um pedaço de papel, perdido no escuro. Com fome, frio, sede, sono, sozinho, triste, abandonado. Sem amor, sem carinho, sem nada. Sujo por um louco e por uma pobre e febril caneta preta. O vento o leva para cima dos edficios, para longe, distante. Mais triste, mais fome, sede, sono. Mais sozinho ainda. Como se não bastasse, o tempo o leva para o esquecimento. (João Diniz) . . .