Um olhar lacrimoso insano
acordou a madrugada silenciosa
Andou pelas submersas ruas
que dormiam feito criança
Fantaziou os cachorros, os bêbados
os bordéis ainda acordados
Como uma planta nascendo e morrendo
entre pragas do arco-íris
um Fósforo aceso rente aos olhos
clareando o caminho obscuro
Fê-lo desmaiar sobre uma calçada
da cidade de trafêgo estranho
Claridade. Saudade de matar
qualquer lembrança de casa
Qualquer saudade do pai
ou de algum amigo de infância.
(João Diniz)...
Nenhum comentário:
Postar um comentário